Petrobras sinaliza retomar obras de fábrica de fertilizantes no MS
A Petrobras sinalizou que pode retomar ainda em 2024 as obras na fábrica de fertilizantes nitrogenados de Três Lagoas (MS). O empreendimento é considerado estratégico pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que pressiona a gestão estatal para acelerar investimentos em fertilizantes.
Nesta 6ª feira (26.abr.2024), o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, visitou a unidade acompanhado da ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB), que é ex-prefeita de Três Lagoas e uma das maiores entusiastas do projeto. O CEO reforçou que é interesse da estatal ampliar os investimentos em fertilizantes.
A construção da fábrica iniciou em setembro de 2011, mas foi interrompida em dezembro de 2014. A atual gestão da Petrobras contratou estudos de viabilidade técnica e econômica para retomar o empreendimento e espera a conclusão das análises ainda neste ano.
Depois da conclusão dos estudos, a diretoria executiva e o Conselho de Administração da Petrobras tomarão uma decisão de investimento e autorização para abertura de licitação, o que tende a acontecer ainda em 2024.
“A Petrobras tem interesse em investir no setor de fertilizantes para promover a sinergia com o agronegócio, reduzir a dependência do país em relação à importação de fertilizantes e gerar emprego e renda. Além disso, somos uma empresa integrada, que está olhando para o futuro e para a transição energética”, disse Prates.
Tebet afirmou que a retomada é um sonho pessoal que será realizado. “Doei esta área para a construção da fábrica quando ainda era prefeita de Três Lagoas. Então ver esse sonho se tornando realidade me dá a sensação de dever cumprido. É uma imensa satisfação saber que esta fábrica vai beneficiar tantas pessoas”.
A estimativa é que sejam criados até 8.000 empregos diretos e indiretos com as obras de finalização da planta. A unidade está próxima ao mercado consumidor e já está interligada ao Gasbol (Gasoduto Bolívia-Brasil) para receber o gás natural como matéria-prima. A capacidade projetada de produção de ureia e amônia é de 3.600 toneladas/dia e 2.200 toneladas/dia, respectivamente.
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