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Santa Terezinha,26/04/2024

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Cacique da Aldeia Mirindiba reclama e faz um desabafo com os problemas enfrentados dentro das comunidades indígenas

Os problemas enfrentados pelos indígenas são de toda ordem. Vai desde saúde, educação, saneamento básico, segurança alimentar, geração de renda e até dificuldades logísticas de socorro às populações isoladas nas aldeias,

Vanessa Lima
Cacique da Aldeia Mirindiba reclama e faz um desabafo com os problemas enfrentados dentro das comunidades indígenas
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A Cacique Maria Maderu procurou recentemente a redação de “O Repórter do Araguaia”, para relatar os problemas enfrentados dentro das comunidades indigenas. Maderu contou em sua entrevista as reividicações feitas em uma reunião realizada no final do mês de maio, no pátio do DSEI Araguaia, com a presença do Coordenador Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Araguaia, Barros, onde a reunião foi solicitada por ela. Os problemas enfrentados pelos indígenas são de toda ordem. Vai desde saúde, educação, saneamento básico, segurança alimentar,  geração de renda e até dificuldades logísticas de socorro às populações isoladas nas aldeias, dentre outros.

Ao desabafar sobre a situação atuial da aldeia a Cacique Maria Maderu afirma que comunidade precisa mais de atenção, afinal que eles merecem. Embora tenham ocorrido avanços nos direitos dos povos indígenas, as condições de saúde vividas por eles ainda são bastante precárias.

De acordo com a Cacique ficam demonstrados que os problemas atuais das comunidades indígenas estão todos interligados, sendo que todos é consequência do descaso do governo para com os índios durante centenas de anos. Maria também reclama que os indigenas precisa de uma solução o mais rápido possível. Enfatizou ainda que Barros está rodeado de pessoas e se percebe que nada mudou, enquanto se cala outros respondem por ele, o mesmo não sabe o que está passando ao seu redor, motivo que levou a Cacique pedir mudanças.

Para o Cacique da Aldeia Kuriawa, Dr. Samuel Karajá, nâo tem nada para elogiar referente ao trabalho da saúde indígena, pois nâo está satisfeito, disse não saber o que anda acontecendo, pois não existe estrutura nenhum para realizar a escala de profissionais da saúde para atuarem dentro das aldeias e não entende porque as coisas não acontecem nas comunidades. O Cacique destaca que a saúde é para todos, e que nâo pode obrigar nenhum profissional a dormir nos ambientes existentes, porém solicita que seja construído posto de saúde dentro das aldeias.

Samuel resaltou que a distribuição dos indígenas compete a Coordenação e que eles precisam ser informados, quando um profissioal for remanejado, pois existem aldeias pequenas com dois profissionais de saúde e outras sem nenhum. Ainda de acordo com o Cacique a única finalidade é dar apoio, até porque tem casos que precisam ser mudado e que todos os profissionais de saúde sejam tratados de forma igualitária, sejam tori ou indígena. “Barros está envolvido com a panela de sempre, rodeado de pessoas que agem como Judas, bate nas costas como amigos e na verdade são inimigos, não servem para trabalhar com a saúde indígena, ouvindo conselho de quem não gosta de índio. O povo do DSEI precisa de amor de pessoas que gostam dos indígenas, que tratam bem a comunidade”, afirma Samuel.

Diante da realidade das aldeias, Samuel solicita ao coordenador que faça algumas mudanças, pois se percebe que até o momento não houve nenhuma, porém o Cacique afirma que a panela continua fervendo e a qualquer momento pode Explodir. Neste sentido, ele pontua que tanto os indigenas, quantos os profissionais de saúde, sejam tratados com respeito e dignidade.

Mawysi reclamou da falta de organização e compromisso de profissionais de saúde contratados para com os indígenas, disse ainda que o coordenador e sua equipe não gostam de dialogar com os indígenas, tem problemas simples que se complicam por falta de diálogo e fica muitas interrogações na mente deles. Já a indigena Lenimar vê em Barros um homem bastante comprometido, pois se não está satisfeito com condições de trabalho, que peça para ser substituído. Para o Cacique Pastor João, mesmo diante de todos os desafios que enfrentados, tem orado muito pelo coordenador do DSEI Araguaia e percebe que a solução é os indigenas reivindicarem seus direitos em Brasília.

Por fim, Barros afirmou que percebe que realmente nada mudou, mas ver que todos os DSEls estão assim. Frisou que é clara a desunião dos povos indígenas e que eles devem correr atrás dos seus direitos. Ainda de acordo com Barros não entende o que está fazendo em São Félix do Araguaia, pois deixou família, não tem um bom trabalho, percebe que realmente ainda não fez o quanto gostaria de ter feito, considera um guerreiro, não abandona a batalha e lamenta pelo fato de não ter resolvido quase nada.

Por Vanessa Lima




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