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Santa Terezinha,02/05/2024

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Como é a vida nos países com governos declaradamente socialistas? Veja 6 exemplos

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Como é a vida nos países com governos declaradamente socialistas? Veja 6 exemplos
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No final do século XVIII, surgia o socialismo, uma uma ideologia política e socioeconômica que busca formar uma sociedade igualitária, materialista e sem classes. Diversas nações instauraram essa doutrina em seu país, mas de alguma forma tiveram de retornar ao sistema capitalista, totalmente ou em partes.





Atualmente, existem 6 países declaradamente socialistas. Eles são:






  1. República de Cuba;




  2. República Popular da China; 




  3. República Democrática Popular da Coreia;




  4. República Moldava da Transnístria;




  5. República Democrática Popular do Laos;




  6. República Socialista do Vietnã.





Veja como é a vida nesses países.





Como é a vida em Cuba?





Zoe Martinez nasceu e foi criada em Cuba até a adolescência. Ao ser indagada pela revista Aventuras na História sobre a vida na ilha socialista, disse:






“Em Cuba, a população é privada do maior direito de todos: a liberdade. Sem a liberdade não temos nada. Cuba é um país sem liberdade, sem os direitos fundamentais garantidos. É um país onde você não pode sair na rua e se manifestar, como é aqui no Brasil”. 










A resposta de Zoe veio no contexto dos protestos de 2021, quando milhares de cubanos foram às ruas para pedir liberdade.





Dentre as pautas dos protestos de 2021, a falta de itens básicos de alimentação e saúde era uma das mais das principais reclamações da população, disseram manifestantes entrevistados pela BBC News Mundo, reportou o G1.





Desde a vitória dos guerrilheiros socialistas e comunistas do movimento de Fidel Castro, em 1959, Cuba é governada por um único partido, o Partido Comunista de Cuba. Apenas o Partido pode controlar o país e o povo não pode votar nos políticos, afirma o comentarista político Rodrigo Constantino.





Como o sistema político cubano é o socialismo, não há espaço para um mercado livre legalizado, os habitantes da ilha só podem receber itens básicos do governo. Para isso, cada cidadão possui uma caderneta que registra a quantidade de bens que cada família pode receber.





Figuras internacionais elogiaram Cuba como exemplo de liberdade e organização social, uma delas é Nelson Mandela. Em um discurso proferido em Cuba, em 1991, Mandela disse:






“O povo cubano tem um lugar especial nos corações do povo da África. Os internacionalistas cubanos fizeram uma contribuição sem paralelo para a independência, a liberdade e a Justiça na África, por seu caráter íntegro e abnegado. Desde seus primeiros dias, a revolução cubana tem sido uma fonte de inspiração para todas as pessoas amantes da liberdade”. 










Uma reportagem da organização Fiocruz elogia o sistema de educação e o sistema de saúde da ilha. O artigo destaca a diminuição do número de analfabetos no país, bem como o sistema de saúde disponível para todos os habitantes.





Fugas de Cuba





Entre 1959 e 1970, mais de 500 mil pessoas fugiram de Cuba. Em 2021, 180 mil pessoas deixaram a ilha às pressas, mostram dados da alfândega e da guarda costeira dos EUA. Atualmente, o país passa por uma crise econômica, com a inflação tendo chegado a 70% em 2021 e a 44% em 2023.





Em entrevista exclusiva para a Brasil Paralelo, no programa Contraponto, Zoe Martinez deu mais detalhes sobre a vida no país. Confira:











Em outros países, a experiência socialista possui diferenças notáveis, embora certos aspectos da essência socialista permaneçam.











A vida na China socialista





Após a revolução de 1949, a China adotou o socialismo como modelo de governo. A sociedade se desestabilizou após a aplicação do marxismo nas políticas públicas, levando a mais de 45 milhões de mortes entre 1958 e 1962.





O livro A grande fome de Mao — A história da catástrofe mais devastadora da China aponta que a principal causa das mortes foi a falta de itens básicos do país, já que o novo modelo socioeconômico fez com que a agricultura e as indústrias não conseguissem produzir alimentos e bens para toda a população.





Após a grave crise, os chineses abriram sua economia para receber investimentos estrangeiros sem abandonar o socialismo.





O 3º episódio do documentário O Fim das Nações, da Brasil Paralelo, mostrou que o governo chinês não abandonou as políticas socialistas de controle social e econômico, mesmo abrindo as relações econômicas exteriores. Não há liberdade de opinião nem de imprensa.





Os veículos de informação e comunicação são comandados pelo do PCC. A internet também não está sob o controle do Estado, afirma John Tang, fundador do Epoch Times.





Os cidadãos da China não conseguem acessar livremente a internet. Ela é controlada pelo firewall chinês, uma espécie de programa que controla e rastreia toda a rede chinesa. Sites, pesquisas, transmissões e diversos conteúdos são bloqueados.





Alguns dos sites bloqueados são:









A vida na República Democrática Popular da Coreia





O acesso às informações sobre a Coréia do Norte são restritos, já que os habitantes não podem se comunicar com o exterior, afirma Jieun Baek no livro North Korea’s Hidden Revolution: How the Information Underground Is Transforming a Closed Society.





O autor deste livro e outros especialistas, como David Hawk da Humans Right Watch, afirmam que a Coréia do Norte é uma das ditaduras socialistas mais totalitárias e violentas da história.





Segundo eles, os habitantes não têm acesso a nenhuma informação a parte do que é transmitido pelo governo. Os cidadãos precisam venerar a família de Kim Jong Un e não têm acesso a livre mercado.





Shin Dong-hyuk é um ex-prisioneiro norte-coreano que nasceu e cresceu em um campo de concentração e se tornou um dos mais influentes porta-vozes da violência da Coréia do Norte. 





Após sua fuga em 2005, Shin passou a viajar pelo mundo para contar sua história e falar sobre a situação nos campos de concentração.





A vida na República Moldava da Transnístria





A República Moldava da Transnístria era parte da antiga União Soviética. Após o colapso da URSS, generais de uma pequena faixa de terra ao lado oeste da Ucrânia proclamaram independência, fundando o país em 1992.





A comunidade internacional, como os países da ONU, não aceitam o país como um Estado soberano. 





Os órgãos oficiais do país afirmam que o sistema político adotado é a República socialista, tendo adotado o sistema de voto popular para todos os cargos políticos, como parlamentares e políticos.





Em 2007, um relatório sobre liberdade no mundopublicado pela ONG Freedom House, com sede nos EUA, descreveu a Transnístria como um território “não livre”, com um histórico ruim nos direitos políticos e nas liberdades civis.





A vida na República Democrática Popular do Laos





O Laos é um país do Oriente próximo ao Vietnã e da China. Em 1975, no contexto da Guerra Fria, guerrilheiros comunistas tomaram posse do país, instaurando a República Democrática Popular do Laos.





Desde então, o governo socialista assumiu o controle de todos os meios de comunicação e criou campos de reeducação para aprisionar os adversários políticos, afirma o Washington Post. Segundo o jornal, esses campos ainda existem.





De acordo com a BBC News, o Laos é um dos países mais pobres do leste da Ásia, sendo dependente da ajuda econômica do Japão, da China e do Vietnã. A reportagem da emissora britânica afirma que, fora da capital do país, muitas pessoas vivem sem eletricidade ou acesso a instalações básicas.





A vida na República Socialista do Vietnã





O Vietnã é um país socialista de partido único, governado pelo Partido Comunista do Vietnã desde a sua fundação em 1975. 





O país passou por um grande processo de reformas econômicas na década de 1980, conhecido como “Doi Moi“, que liberalizou a economia e incentivou o investimento estrangeiro. 





Desde então, o país experimentou um crescimento econômico significativo e se tornou um dos países mais dinâmicos da Ásia, afirma o economista Joseph Stiglitz em seu livro Globalization and its Discontents





Sobre os direitos humanos no país, a organização Human Rights Watch (HRW) critica o país por ser governado por apenas um partido. Segundo a instituição, o governo limita a liberdade de expressão, de mídia, a livre associação da população e outros direitos básicos, chegando a relatar casos frequentes de tortura policial.  





Como as ideologias políticas afetam os indivíduos?





Como mostram os exemplos acima, a política pode influenciar diretamente na vida de um indivíduo. Para entender essa relação em detalhes, bem como a história das principais correntes políticas modernas, a Travessia possui uma aula exclusiva sobre o tema.





Fonte: Brasil Paralelo





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