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Santa Terezinha,01/05/2024

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Indígenas aceleram produção de óleo de pequi no Xingu e pretendem dobrar oferta

A meta para este ano é alcançar 300 litros do óleo natural. O objetivo é colher os frutos nas antigas aldeias e plantá-los em áreas desmatadas

Reprodução
Indígenas aceleram produção de óleo de pequi no Xingu e pretendem dobrar oferta
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A produção de óleo de pequi pelo povo Kĩsêdjê, na Terra Indígena Wawi, localizada no Parque Nacional do Xingu, deve aumentar depois de perdas durante a pandemia em Mato Grosso. O presidente da Associação Indígena Kĩsêdjê (AIK), Wanduwubati Suya, explicou que a meta é atingir 300 litros de óleo neste ano. Desde o começo da pandemia, os números oscilaram entre 100 e 200 litros.

Além disso, Suya também projeta ampliar a área de cultivo. “Como a gente já tem o plantio dando resultado, temos o pessoal, o mercado que estão começando a comprar óleo de pequi, então, a gente vai aumentar o plantio para manter a nossa natureza e preservar mais nossos rios. Vamos continuar aumentando o plantio de pequi”, disse.

Os óleos produzidos são vendidos para outros estados, como para restaurantes em São Paulo.

São cinco aldeias envolvidas no trabalho, com 10 mulheres atuando diretamente na primeira etapa.

De acordo com o Instituto Socioambiental (ISA), o objetivo é colher os frutos nas antigas aldeias e plantá-los em áreas desmatadas, a fim de recuperar a natureza.

No ano passado, Mato Grosso ficou em terceiro lugar no ranking de desmatamento da floresta amazônica, segundo levantamento do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). O estado devastou 1.504 km² entre janeiro e dezembro de 2021.

Com esse plantio nas regiões desmatadas, os indígenas conseguem melhorar a qualidade de vida de toda a comunidade ao preservar a tradição deles, protegendo o território dos ancestrais e conquistando autonomia financeira com o trabalho.

“A gente se preocupa muito com isso, porque o desmatamento e também o plantio de soja encosta muito perto onde a gente está plantando o pequi. Então, na hora do avião borrifar a soja [com defensivos], isso começou a queimar algumas folhas de pequi, o que é preocupante para nós”, disse.

Suya ainda ressaltou que a Associação vem conversando com os vizinhos produtores rurais, mas sem sucesso. “A gente tenta conversar com os fazendeiros para borrifarem os grãos com trator, que fica melhor e não espalha no ar. Mas não teve jeito. Então, estamos preocupados com nossos vizinhos”, afirmou.




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