Blinken pede que Hamas aceite proposta de cessar-fogo de Israel
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, pediu nesta 2ª feira (29.abr.2024) que o Hamas acate “rapidamente” a proposta de Israel para um cessar-fogo e para a libertação de reféns israelenses na Faixa de Gaza. Ele afirmou que a sugestão é “extraordinariamente generosa”.
Segundo a Reuters, Israel pede a libertação de ao menos 40 dos 130 reféns que continuam sob domínio do grupo extremista em troca da libertação de palestinos presos no país. “A única coisa que se interpõe entre o povo de Gaza e um cessar-fogo é o Hamas. Eles têm de decidir e têm de decidir rapidamente”, disse Blinken durante reunião do Fórum Econômico Mundial.
Integrantes do Hamas se reúnem nesta 2ª feira (29.abr) em Cairo, no Egito, para discutir o cessar-fogo. No domingo (28.abr), o país apresentou uma proposta de trégua entre Israel e o grupo. A ideia seria a soltura de 20 reféns israelenses em troca da liberdade de presos palestinos. Para isso, o cessar-fogo duraria 3 semanas.
O secretário norte-americano também citou a abertura de novas passagens nas fronteiras para a entrada de auxílio humanitário à Faixa de Gaza. No entanto, disse ainda não ser suficiente. “Ainda precisamos obter mais ajuda dentro e ao redor de Gaza. Precisamos melhorar a resolução de conflitos com os trabalhadores de assistência humanitária”, disse Blinken, em referência a um mecanismo que garanta que Israel não atinja grupos de auxílio durante a entrega.
O secretário de Relações Exteriores do Reino Unido, David Cameron, também definiu a proposta israelense como “generosa”.
“Espero que o Hamas aceite este acordo e, francamente, toda a pressão do mundo e todos os olhos do mundo deveriam estar voltados para eles hoje, dizendo ‘aceite esse acordo”, disse Cameron.
Até domingo (28.abr), a Al Jazeera, emissora estatal da monarquia do Qatar, registrava 34.945 mortos palestinos e 1.139 israelenses desde o início do conflito, em 7 de outubro de 2023. Entre feridos são 82.375 palestinos e 8.730 de Israel. Informações sobre Gaza são fornecidas pelo Hamas e não há meios de verificá-las de maneira independente.
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