Columbia dá prazo para fim de acampamento pró-Palestina
A Universidade Columbia, em Nova York (EUA), estabeleceu um prazo para que os manifestantes pró-Palestina deixem os acampamentos montados na instituição de ensino. Em comunicado, a presidente da universidade, Minouche Shafik, havia dito que o local deveria ser liberado até às 23h59 da 3ª feira (23.abr.2024), mas o prazo foi estendido por 48h, segundo nota enviada ao jornal The Washington Post.
A universidade está em negociações com organizadores dos protestos. Se as conversas não forem bem-sucedidas, disse Shafik na 3ª feira (23.abr), a instituição de ensino “terá de considerar opções alternativas para limpar o gramado oeste e restaurar a calma no campus”. Eis a íntegra do comunicado, em inglês (PDF – 196 kB).
Atos contra a guerra na Faixa de Gaza foram iniciados em Columbia em 17 de abril, com estudantes montando acampamentos no campus da universidade. No dia seguinte (18.abr), a polícia de Nova York prendeu mais de 100 pessoas que estavam na manifestação depois que a presidente da instituição autorizou a operação policial.
A manifestação foi acusada de antissemitismo. No entanto, o grupo que organiza o protesto disse que os ataques contra judeus foram feitos por “indivíduos inflamados” que não os representam.
“Apoio plenamente a importância da liberdade de expressão, respeito o direito de manifestação e reconheço que muitos dos manifestantes se reuniram pacificamente”, disse a presidente da universidade. “No entanto, o acampamento levanta sérias preocupações de segurança, perturba a vida no campus e criou um ambiente tenso e, por vezes, hostil para muitos integrantes da nossa comunidade. É essencial que avancemos com um plano para desmantelá-lo”, continuou.
“Quero deixar claro que não toleraremos comportamento intimidador, de assédio ou discriminatório. Estamos trabalhando para identificar os manifestantes que violaram as nossas políticas contra discriminação e assédio, e serão submetidos a processos disciplinares apropriados. O direito de protestar é essencial e protegido em Columbia, mas o assédio e a discriminação são antitéticos aos nossos valores e uma afronta ao nosso compromisso de sermos uma comunidade de respeito e bondade mútuos”, completou.
Além de Columbia, a Universidades Yale e a NYU (Universidade de Nova York) registram manifestações a favor da Palestina.
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