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Santa Terezinha,25/04/2024

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Militares avaliam retorno a uma posição política mais discreta

“Passados três anos de atropelos, indecisões, tomadas de atitudes e falas contrárias aos discursos, a onda chegou à praia sem força e com ela os restos de dejetos atirados ao mar durante o período”, avalia um dos generais.

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Militares avaliam retorno a uma posição política mais discreta
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Durante o governo Michel Temer, quando comandava o Exército o general Eduardo Villas Boas, pesquisas encomendadas pela força apontavam para índices altos de confiabilidade da sociedade com relação à instituição. Foi a partir dessas informações que Villas Boas começou a ensaiar uma política de maior aproximação dos temas políticos. Antes mesmo de o presidente Jair Bolsonaro começar a despontar como favorito na corrida eleitoral, os então candidatos à Presidência começaram um expediente até então inédito desde o fim da ditadura militar e após a redemocratização: incluíram nas suas agendas reuniões com o comandante do Exército.

Nessas reuniões, Villas Boas entregava a eles um caderno com as reivindicações do Exército para o novo governo. Era o início de um processo de protagonismo político que levaria ao engajamento militar à candidatura de Jair Bolsonaro, com a criação do que ficou conhecido como “grupo de Brasília”, uma turma de oficiais da reserva, aposentados com alta patente, que se reunia em uma sala no subsolo do Hotel Imperial em Brasília.

O grupo congregava cerca de 20 oficiais da reserva. Entre eles, alguns generais que formariam o núcleo duro militar do hoje presidente, como o ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, e o hoje vice-presidente Hamilton Mourão (este agora nem mais tão próximo assim de Bolsonaro). E se reunia mesmo antes de se definir pela candidatura de Bolsonaro, mas imaginando como poderiam interferir de forma mais direta no debate político. Inicialmente, desconfiavam mesmo da opção Bolsonaro, visto como um militar imprevisível e indisciplinado. Como, porém, ele ia ganhando potencial na corrida eleitoral, chegaram à conclusão que a melhor opção era aderir a ele.

Durante o governo Michel Temer, quando comandava o Exército o general Eduardo Villas Boas, pesquisas encomendadas pela força apontavam para índices altos de confiabilidade da sociedade com relação à instituição. Foi a partir dessas informações que Villas Boas começou a ensaiar uma política de maior aproximação dos temas políticos. Antes mesmo de o presidente Jair Bolsonaro começar a despontar como favorito na corrida eleitoral, os então candidatos à Presidência começaram um expediente até então inédito desde o fim da ditadura militar e após a redemocratização: incluíram nas suas agendas reuniões com o comandante do Exército.

Nessas reuniões, Villas Boas entregava a eles um caderno com as reivindicações do Exército para o novo governo. Era o início de um processo de protagonismo político que levaria ao engajamento militar à candidatura de Jair Bolsonaro, com a criação do que ficou conhecido como “grupo de Brasília”, uma turma de oficiais da reserva, aposentados com alta patente, que se reunia em uma sala no subsolo do Hotel Imperial em Brasília.

O grupo congregava cerca de 20 oficiais da reserva. Entre eles, alguns generais que formariam o núcleo duro militar do hoje presidente, como o ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, e o hoje vice-presidente Hamilton Mourão (este agora nem mais tão próximo assim de Bolsonaro). E se reunia mesmo antes de se definir pela candidatura de Bolsonaro, mas imaginando como poderiam interferir de forma mais direta no debate político. Inicialmente, desconfiavam mesmo da opção Bolsonaro, visto como um militar imprevisível e indisciplinado. Como, porém, ele ia ganhando potencial na corrida eleitoral, chegaram à conclusão que a melhor opção era aderir a ele.

Durante o governo Michel Temer, quando comandava o Exército o general Eduardo Villas Boas, pesquisas encomendadas pela força apontavam para índices altos de confiabilidade da sociedade com relação à instituição. Foi a partir dessas informações que Villas Boas começou a ensaiar uma política de maior aproximação dos temas políticos. Antes mesmo de o presidente Jair Bolsonaro começar a despontar como favorito na corrida eleitoral, os então candidatos à Presidência começaram um expediente até então inédito desde o fim da ditadura militar e após a redemocratização: incluíram nas suas agendas reuniões com o comandante do Exército.

Nessas reuniões, Villas Boas entregava a eles um caderno com as reivindicações do Exército para o novo governo. Era o início de um processo de protagonismo político que levaria ao engajamento militar à candidatura de Jair Bolsonaro, com a criação do que ficou conhecido como “grupo de Brasília”, uma turma de oficiais da reserva, aposentados com alta patente, que se reunia em uma sala no subsolo do Hotel Imperial em Brasília.

O grupo congregava cerca de 20 oficiais da reserva. Entre eles, alguns generais que formariam o núcleo duro militar do hoje presidente, como o ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, e o hoje vice-presidente Hamilton Mourão (este agora nem mais tão próximo assim de Bolsonaro). E se reunia mesmo antes de se definir pela candidatura de Bolsonaro, mas imaginando como poderiam interferir de forma mais direta no debate político. Inicialmente, desconfiavam mesmo da opção Bolsonaro, visto como um militar imprevisível e indisciplinado. Como, porém, ele ia ganhando potencial na corrida eleitoral, chegaram à conclusão que a melhor opção era aderir a ele.

“Muitos com quem eu falo ainda acham que entre os dois ficam com o menos pior”, afirma. Outros, como a própria fonte do Congresso em Foco, resistem. “Se esquecem do aforismo de Hanna Arendt: ‘Um mal menor ainda continua sendo um mal’”, completa, referindo-se à filósofa alemã, autora de “A Banalidade do Mal”.

No final, avalia ele, o grupo de apoiadores de Bolsonaro, seja qual o caminho que irá seguir, desidrata.

A alternativa, portanto, é voltar para a posição mais institucional, de garantidores da ordem e da segurança, subordinados a quem quer que venha a ser o presidente. Esse o caminho, imaginam, para a retomada da posição que tinham.

Segundo esse general, a motivação principal para a adesão a Bolsonaro não era a busca de maior protagonismo político, mas uma reação “aos descalabros da esquerda, sempre iluminados pela imprensa diariamente”. Ele completa: “Somos um classe muito ligada a valores e o discurso do candidato nos empolgou”.

“Alguns dos que avaliaram ser possível um governo decente que apontasse soluções ao país, e se convenceram de que com Bolsonaro isso é impossível, estão se afastando para compreender a conjuntura e se posicionar como cidadãos para as escolhas vindouras”, conclui.

Por RUDOLFO LAGO Diretor de Congresso em Foco Análise. Formado pela UnB, passou pelas principais redações do país. Responsável por furos como o dos anões do orçamento e o que levou à cassação de Luiz Estevão. Ganhador do Prêmio Esso.




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