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Santa Terezinha,19/04/2024

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Pílula reduz risco de morte por covid-19 em 89%, diz Pfizer

Efeito é observado em infectados que estão na fase inicial da covid-19 e apresentam maior possibilidade de ter a forma grave da doença. Queda na taxa de internação é a mesma, mas resultados precisam ser revisado

MIGUEL MEDINA
Pílula reduz risco de morte por covid-19 em 89%, diz Pfizer
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Um medicamento oral do laboratório norte-americano Pfizer reduziu em 89% o risco de hospitalização ou morte em pacientes adultos de covid-19 com risco elevado de doença grave. Essa é a segunda pílula anunciada para combater a enfermidade causada pelo Sars-CoV-2 — a farmacêutica MSD, também dos EUA, lançou, no mês passado, o molnupiravir, desenvolvido inicialmente como antigripal.

Desenvolvido especificamente para lutar contra a covid, o Paxlovid, da Pfizer, obteve resultados tão bons no teste clínico intermediário que o laboratório informou que vai interromper os exames e enviar os dados para a Agência de Alimentos e Medicamentos (FDA), dos Estados Unidos, o mais rápido possível, para obter a autorização de uso emergencial. Os dados divulgados fazem parte de um comunicado da empresa, ainda não foram divulgados em uma revista científica, o que implica em uma revisão por pares.

Diretor executivo da Pfizer, Albert Bourla disse à CNN que espera que o pedido de autorização possa chegar antes de 25 de novembro. "A notícia de hoje é uma mudança autêntica nos esforços globais para deter a devastação desta pandemia", afirmou. "Esses dados sugerem que nosso candidato a antiviral oral, se aprovado ou autorizado pelas agências reguladoras, tem o potencial de salvar a vida dos pacientes, reduzir a gravidade das infecções por covid-19 e evitar até nove em cada 10 hospitalizações", acrescentou. Segundo o presidente americano, Joe Biden, o governo reservou milhões de doses antes da decisão da FDA. A pílula, diz, constituirá "outra ferramenta em nossa caixa de ferramentas para proteger a população dos piores resultados da covid-19".

A principal análise do teste avaliou dados de 1.219 adultos na América do Norte, América do Sul, Europa, África e Ásia. Nos dias posteriores ao surgimento dos sintomas, alguns deles receberam o fármaco experimental e outros, um placebo, durante cinco dias, a cada 12 horas. "A análise intermediária programada mostrou uma redução de 89% no risco de hospitalização relacionada com a covid-19 ou morte por qualquer causa, em comparação com o placebo em pacientes tratados dentro dos três dias posteriores ao início dos sintomas", afirmou a Pfizer. Dez pessoas que tomaram o placebo morreram, enquanto nenhuma faleceu entre as que tomaram o medicamento.

Replicação bloqueada

A Pfizer começou a desenvolver o medicamento anticovid em março de 2020, o primeiro pensado especificamente contra o coronavírus. O produto é conhecido como um inibidor de protease e demonstrou, em exames de laboratório, que bloqueia o sistema de replicação do vírus. Se funcionar, provavelmente será eficaz apenas nos estágios iniciais da infecção, pois, quando a covid progride para uma doença grave, o vírus para de se replicar em grande medida, e os pacientes apresentam uma resposta imunológica mais ativa.

Desde o início da pandemia se busca uma pílula simples para combater o coronavírus, mas, até o momento, as terapias anticovid — como os anticorpos monoclonais e o remdesivir, do laboratório Gilead, com uso autorizado na União Europeia com o nome de Veklury — são aplicadas por via intravenosa. Vários laboratórios trabalham em antivirais orais que tentam imitar o que o medicamento Tamiflu faz na ação contra a gripe e que evitaria a evolução da doença para etapas de gravidade.

O Reino Unido, um dos mais afetados pela pandemia, aprovou, na quinta-feira, o uso do antiviral molnupiravir, da MSD, para tratar pacientes que sofrem da doença leve a moderada. "Esse é um dia histórico para nosso país, porque o Reino Unido é agora o primeiro do mundo a aprovar um antiviral contra a covid-19 que pode ser tomado em casa", afirmou o ministro da Saúde, Sajid Javid, em um comunicado. "Isto mudará a situação para os mais vulneráveis e os imunodeprimidos, que, em breve, poderão receber o tratamento revolucionário", acrescentou.


skynet




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