Cultura oferece passeio aos primórdios com projeto “Rondonópolis, uma ancestralidade latente: nos caminhos da paleontologia, da arqueologia e da antropologia”

Viajar pela genealogia do município e conhecer o berço no qual a cidade foi gestada. Esse é um passeio que a Secretaria Adjunta de Cultura e Juventude exibe aos munícipes a partir da mostra “Exposição de Patrimônio: A Pré-história em Mato Grosso” que estará em exibição de 17 de abril a 17 de junho no Museu Rosa Bororo, aberto de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h30, sem fechamento no horário de almoço.
Todas as peças expostas são oriundas do Museu de História Natural de Mato Grosso, localizado em Cuiabá. A programação conta, ainda, com a parceria do Instituto de Ecossistemas e Populações Tradicionais (Instituto Ecoss), também da capital mato-grossense.
“Considerando as descobertas realizadas nos sítios arqueológicos de Rondonópolis e suas referências às ancestralidades pré-históricas, destacamos a importância de compreendermos a presença humana nesses espaços, ajudando a esclarecer nossa biologia, cultura e comportamento. O estudo dessa ancestralidade envolve áreas do conhecimento como arqueologia, paleontologia, genética e antropologia e busca entender como os primeiros seres humanos e seus ancestrais viveram e evoluíram ao longo do tempo”, explica Djalma.
PARTILHA DE SABERES
Paralelamente, no dia da inauguração da exposição, a Cultura também promove o ciclo de palestras “Rondonópolis, uma ancestralidade latente: nos caminhos da paleontologia, da arqueologia e da antropologia” com estudiosos do tema no Centro Cultural José Sobrinho, que conta com mediação de Djalma e tem como escopo fomentar o reconhecimento da importância dos povos originários, a conscientização dos seus direitos e a preservação da sua cultura. “Nossa proposta é estudar e valorizar os indígenas, suas culturas, histórias e desafios enfrentados na atualidade”, afirma o coordenador.
Os colóquios serão abertos às 8h10 pelo conservacionista dedicado à arte rupestre Adão Ferreira da Silva. Ele, que é descobridor de uma caverna nas imediações da Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) da agropecuária Basso, próximo ao km 20 da BR-163, à qual denominou Caverna do Cipó, vai falar sobre sítios arqueológicos, cavernas, missões e descobertas em Rondonópolis.
Na sequência, às 8h40, a professora da Universidade de Várzea Grande, que é geóloga, arqueóloga e mestranda em paleontologia dos vertebrados quaternários com experiência em espeleologia, Suzana Schisuk Hirroka, vai explanar sobre as pesquisas da paleontologia e da arqueologia no Mato Grosso de forma geral e, especificamente, em Rondonópolis.
Abordando educação museal, diversidade étnica e cultural, o professor da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) Ryanddre Sampaio de Souza, que é doutor em antropologia cultural, mestre em antropologia social e bacharel em museologia, vai compartilhar seu conhecimento sobre essas áreas com os presentes.

Em continuidade à programação, à noite, os colóquios recomeçam às 19h30 com o especialista em direito ambiental e urbanismo Adriano Boro Makuda, índio da etnia Boe Bororo. Mestre em antropologia e coordenador do Núcleo de Saberes Indígenas da Universidade Federal de Rondonópolis (UFR), Adriano vai falar sobre práticas, tradições e costumes da sua cultura.
Professora de filosofia da Universidade Federal de Rondonópolis (UFR) e docente do Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), a doutora em filosofia e mestre em estética e filosofia da arte Alice Lino Lecci, que também tem pós-doutorado em movimentos sociais e educação popular vai discorrer, às 20h30, sobre arte e natureza na perspectiva indígena.
Fechando o evento, às 21h20, o doutor em sociologia e em direito Éverton Neves dos Santos, que também é mestre em educação e em direito com especialização em direito público, além professor e de líder do Grupo de Estudo e Pesquisa em Direitos Fundamentais da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) campus Rondonópolis e presidente da Comissão de Defesa da Igualdade Racial da Subseção de Rondonópolis da Seccional de Mato Grosso da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MT), vai explanar a respeito dos direitos dos povos indígenas.
Dispensando inscrições, o encontro é aberto a toda a população. Assim, aqueles que quiserem assistir aos debates podem se dirigir ao José Sobrinho no horário do colóquio do seu interesse.
O Museu Rosa Bororo fica na Rua Arnaldo Estevão de Figueiredo, Centro (em frente à Praça Brasil). Já o Centro Cultural José Sobrinho encontra-se na Rua Barão do Rio Branco 2.650, Jardim Santa Luzia (ao lado da UPA).
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